Redação Publicado em 11/10/2007, às 18h36 - Atualizado em 12/10/2007, às 13h30
Como transformar um documentário numa chanchada
Seqüela é um nome meio feio para designar a continuação de uma história. Lembra as anomalias derivadas de uma doença. Para esse filme, infelizmente, o vocábulo cai bem. Lançado originalmente em 2004 com o título Música Cubana - The Next Generation, por aqui sai agora com um nome totalmente em inglês, portando um
trocadilho para explicar seus objetivos: mostrar novos estilos do son cubano, a música popular da ilha de Fidel, através de seus filhos. Ainda que com cinematografia e trilha sonora simpáticas, o filme é decepcionante quando comparado a Buena Vista Social Club. The Sons of Cuba tenta seguir o enredo do grande trabalho de Wim Wenders de 1999, mas fica óbvia uma direção menos experiente, transformando um documentário musical numa leve paródia. O diretor argentino German Kral exacerba o orgulho dos habitantes
de Cuba, sua origem sofrida e o modus vivendi latino em
imagens e depoimentos que beiram o melodrama. Se o filme tem algum mérito, é registrar a última aparição de Pío Leiva no cinema. Porém, inédito e impactante seria se revelasse outros sons de Cuba, como o punk e o rap perpetrados por nomes como Porno para Ricardo ou Free Hole Negro, ou mergulhasse fundo e mostrasse o que ritmos cubanos natos, como o guaguancó, o yambú e a columbia, ainda têm a dizer as novas gerações. Pena ter optado por um caminho fácil para ninguém se machucar.
Por José Julio do Espírito Santo
Música
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