Com Emily Blunt, Rebecca Ferguson e Haley Bennett Dirigido por Tate Taylor
André Rodrigues Publicado em 21/10/2016, às 10h25 - Atualizado em 07/11/2016, às 14h15
Na superfície, a garota no trem, adaptado do livro de sucesso de Paula Hawkins, é um suspense hitchcockiano (pessoa errada na hora e no lugar errados) que envolve assassinato e mistério. Na essência, o diretor, Tate Taylor (Histórias Cruzadas), consegue extrair um intenso – e feminino – drama sobre solidão, maternidade e amor. Rachel (Emily Blunt), alcoólatra, enfrenta um dolorido divórcio. O passatempo dela é fantasiar sobre as vidas que vê da janela do trem que pega para o trabalho, em Nova York. Em uma dessas viagens, entra em pânico ao observar Megan (Rebecca Ferguson), uma babá que já prestou serviços para o ex-marido dela, cometer adultério. Esse é o estopim para que Rachel desça ao inferno, participe (será?) de um crime e descortine tragédias emocionais de relacionamentos falidos. Com idas e vindas no tempo e diferentes pontos de vista, o filme mantém o impacto das revelações. O principal trunfo é Emily Blunt, que traz complexidade e dor para cada sequência, enchendo o filme de dignidade.
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