Com Jake Gyllenhaal e Rachel McAdams
Érico Fuks Publicado em 16/09/2015, às 16h19 - Atualizado em 17/09/2015, às 15h59
Geralmente os filmes sobre boxe criam um paralelo entre o que acontece dentro do ringue e a vida fora dele. Cair e levantar-se entre um round e outro serve de metáfora para os momentos de decadência e glória de um lutador. Em Nocaute, o hiper-realista Antoine Fuqua não só segue essa regra como também carrega na maquiagem. Billy Hope (Gyllenhaal) é bem casado e sonha em ganhar um título, mas de repente precisa enfrentar a dor de perdas pessoais. Essa sensação melancólica se traduz nos exageros estéticos. O rosto desfigurado do protagonista coloca em máxima potência a sensação de angústia e de soco no estômago. Todo esse abuso na forma de mostrar os sintomas da violência serve de preparo para o grand finale, o último assalto, a apoteose bélica e vingativa do espetáculo. É um recurso comum no gênero, mas que aqui não desvaloriza o esforço do diretor em caracterizar sua crescente construção narrativa.
Fonte: Dirigido por Antoine Fuqua
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