Os policiais atrapalhados de Anjos da Lei - divulgação

Anjos da Lei

Phil Lord e Chris Miller

Érico Fuks Publicado em 14/05/2012, às 14h14 - Atualizado às 14h18

Diretor se sente à vontade para tirar proveito de gêneros desgastados

Na falta de criatividade, o jeito é reciclar os filmes antigos. Esse discurso dá o tom de autocrítica para Anjos da Lei, paródia de um seriado de TV dos anos 80. Aqui se atira para todos os lados, desde os atuais ecochatos até as cenas de explosão dos filmes de ação. Dois colegas de escola entram para a academia de polícia e, disfarçados de estudantes, são convocados a desvendar uma quadrilha de traficantes. O filme usa a fórmula manjada de formar uma dupla pelas suas diferenças. O insosso Channing Tatum é o bonitão acéfalo e Jonah Hill, o novo prodígio das comédias, faz o papel do nerd rejeitado. Anjos da Lei é anárquico: preserva o fôlego de atacar tendências antigas e mostra que os atuais caminhos também são motivo de chacota. Elenco e direção parecem se sentir confortáveis em fazer essa releitura autodestrutiva, cheia de referências satíricas. Eles não se levam a sério e usam as fragilidades e o desbotamento dos padrões de se fazer cinema como combustível para essa matança de paradigmas.

Elenco: Jonah Hill e Channing Tatum

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