Redação Publicado em 10/03/2011, às 16h49 - Atualizado às 16h49
Marcus Baldini
Deborah Secco, Cássio Gabus Mendes
Biografia de garota de programa é convencional, mas atinge seus objetivos
Bruna Surfistinha é o que podemos chamar de “filme de programa”. A produção de Marcus Baldini cumpre satisfazer os desejos de dois tipos de público. De um lado, os admiradores dos atributos físicos de Deborah Secco; de outro, os milhares de leitores de O Doce Veneno do Escorpião. Em ambos os casos, a satisfação é garantida. Deborah passa boa parte do filme nua, em cenas de sexo, enquanto a essência do livro permanece. Vemos a história real da garota de classe média que foge da casa dos pais, torna-se garota de programa e, ao usar um blog para divulgar seus negócios, vira celebridade. A situação complica para quem não faz parte desses dois públicos. O roteiro segue a estrutura de biopic de astro do rock, com a diferença de que Bruna não é artista. É a velha saga do herói em ritmo de telenovela. A personagem surge inicialmente rejeitada na escola, passa por uma dolorosa iniciação e atinge a glória para, em seguida, cair feio e ter uma nova chance. Mas tantas cenas de sexo e consumo de drogas embaladas em visual “moderno” não disfarçam o fato de que Bruna Surfistinha é um didático conto de fadas do tempo da vovó.
BRUNO YUTAKA SAITO
Custódia
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