Tommy Lee Jones
Érico Fuks Publicado em 13/02/2015, às 15h29 - Atualizado em 18/02/2015, às 13h28
Em um olhar mais apressado, Dívida de Honra parece repetir os lugares-comuns do gênero western. O filme tem o sotaque carregado do sul dos Estados Unidos, planos longos, cenas em tom sépia e personagens que demonstram uma apatia generalizada. Mas uma percepção mais apurada traz à tona algumas saudáveis estranhezas. A morte é uma presença constante na história de três mulheres que enlouquecem e precisam ser levadas para a casa de um padre em Iowa. Incumbida dessa missão, a solteirona Mary Bee Cuddy (Hilary) encontra o vagabundo George Briggs (Jones) no caminho. Ele a ajuda na tarefa, que tem como cenário a lentidão rítmica do Nebraska. O segundo longa de Tommy Lee Jones na direção explora as ambiguidades das relações humanas. Os silêncios, os vazios niilistas e a aparente frieza e secura dramática diante da fatalidade na verdade encobrem a necessidade desesperada de se acabar com a solidão.
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