Beto Brant e Renato Ciasca
CHRISTIAN PETERMANN Publicado em 13/04/2012, às 11h13 - Atualizado às 11h35
Produção vai do luxo ao lixo em drama ambientado na região amazónica
Este é o segundo filme em que Beto Brant divide o crédito de direção com Renato Ciasca, seu habitual produtor. O primeiro foi Cão sem Dono (2007). Também em comum, de uma parceria ainda mais longa com Brant, há o roteiro coassinado pelo escritor Marçal Aquino. As obras se espelham de forma curiosa: Cão sem Dono parte de um romance de Daniel Galera, ambienta-se na urbana Porto Alegre e tem um protagonista masculino (Julio Andrade). Já neste novo trabalho, a dupla de realizadores partiu ao extremo norte do país, na região amazônica, à beira dos rios Tapajós e Arapiuns. Camila Pitanga é Lavínia, ex-prostituta casada com um pastor (Zé Carlos Machado) que evangeliza uma comunidade na região. Ela tem uma tórrida relação com um fotógrafo de São Paulo (Gustavo Machado), e suas belas cenas de sexo constam dos raros momentos de tesão do cinema pós-retomada, sempre tão pudico. O roteiro nada linear parte do próprio romance de Aquino e foi conduzido com espaços para improvisos e inclusão de cenas com moradores locais. O filme foi uma forte experiência coletiva para a equipe e dá perfeita continuidade às inquietudes estéticas e temáticas que têm norteado a obra de Brant.
Elenco: Camila Pitanga e Gustavo Machado
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