Gran Torino

Redação Publicado em 09/02/2009, às 19h11

Clint Eastwood

Clint Eastwood

Clássico autorreferente para todos os cinéfilos que amam Clint

Não acho que Clint Eastwood seria capaz de recusar um bom papel. Mas Gran Torino, que tem esse nome por causa do carro ano 72 que Walt Kowalski (um veterano de guerra) cuida e preserva como se fosse um símbolo de seu passado idealizado, poderia ser considerado como uma impressionante despedida. Soa como uma homenagem a cada personagem durão já imortalizado pelo ator e diretor. Walt frequentemente se comunica através de grunhidos que o fazem soar como um demônio em busca de um exorcismo. O personagem carrega consigo um pouco do Estranho sem Nome (1973) mirando nos faroestes espaguete; também é Dirty Harry Callahan (de Dirty Harry, 1971) perguntando: “Do you feel lucky, punk?” (“Acha que está com sorte, vagabundo?”); lembra Willian Munny, de Os Imperdoáveis (1992), cavando fundo e dizendo: “It’s a hell of a thing, killing a man” (“Matar um homem é uma coisa dos infernos.”). E até pode ser Frankie Dunn, o técnico de boxe de Menina de Ouro (2004), que sabe: “tough ain’t enough” (“ser duro não é o bastante”). E ser durão realmente nunca foi o bastante para Clint.

P.T.

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