Alfonso Cuarón
Alessandro Giannini Publicado em 15/10/2013, às 13h44 - Atualizado às 13h56
Fora de Órbita despedida de artifícios, ficção científica gera tensão e inquietude
Gravidade, do mexicano Alfonso Cuarón, está para a ficção científica do século 21 assim como Solaris e 2001 – Uma Odisseia no Espaço estão para a do século 20. Ao longo de 90 minutos, Cuarón estica um fiapo de história em que um astronauta experiente, o comandante Matt Kowalsky (George Clooney), e uma engenheira novata, Ryan Stone (Sandra Bullock), ficam à deriva no espaço e são obrigados a buscar abrigo e oxigênio em outras estações que orbitam em torno da Terra. Concebido para tirar proveito tanto dos efeitos especiais quanto do 3D, o filme cria uma atmosfera de ansiedade e desconforto que extrapola os limites da tela. Não há subtramas, pistas falsas, reviravoltas ou outros recursos narrativos que surpreendam ou enganem o espectador. Está tudo ali, ao alcance dos olhos. E a guiar o público está a atuação irrepreensível de Sandra Bullock, uma atriz pronta a encarar desde uma comédia de quinta categoria, como a recente As Bem-Armadas, até uma tour de force, como a de sua personagem perdida no espaço.
Elenco: Sandra Bullock e George Clooney
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