Darren Aronofsky
PETER TRAVERS Publicado em 11/04/2014, às 05h27 - Atualizado às 05h34
Filme revive personagem mítico e joga dúvidas e contradições em saga da Bíblia
Noé é um filme repleto de ousadia e graça, além de ser uma maravilha visual. Mantém a chama espiritual e torna a história de Noé relevante para crentes e céticos. Como o patriarca e protagonista, Russell Crowe tem uma atuação firme – ele é a figura de puro tormento se curvando às vontades de Deus enquanto contempla a própria fragilidade humana. Em uma Terra prestes a desaparecer, Noé recebe dicas de Matusalém (Anthony Hopkins) de como repovoar o mundo enquanto luta contra os renegados descendentes de Caim, que querem invadir a arca. O filme tem enredo para preencher 40 dias e 40 noites de um reality show. Crowe torna críveis as dúvidas de Noé. Não é que ele queira negar abrigo para o resto dos humanos, mas, em nome de Deus, ele se empenha no extermínio de inimigos e mesmo de inocentes. A grande questão é: ele estaria obedecendo ordens ou bancando o próprio Deus? A espetacular arca não é apenas um abrigo – é uma metáfora para todas as coisas da Bíblia. No geral, Noé é uma obra visionária, que pretende examinar e testar nossas crenças.
Elenco: Russell Crowe e Jennifer Connelly
Custódia
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