Redação Publicado em 06/08/2009, às 14h53
Luiz Villaça
Maria de Medeiros, Marco Antonio
Uma história interessante que não coube muito bem no formato ficção
O brasileiro Roberto Carlos Ramos, reconhecido como um dos melhores contadores de história do mundo, tem sua vida recontada nesta ficção de Luiz Villaça (Cristina Quer Casar, 2003). A infância pobre, sua longa estadia na Febem e suas inúmeras fugas classificavam-no como um caso irrecuperável, o que fez com que a pedagoga francesa Margherit (Maria de Medeiros) se aproximasse do menino de uma forma que ele nunca viu: com respeito e afeto. O charme da narrativa são as fantasias que Roberto idealiza – como um assalto à la Jackson Five ou uma professora-hipopótamo – para enfrentar a dura realidade. Esses momentos líricos funcionam muito bem, mas apenas isoladamente. Em um filme em que as partes funcionam melhor que o todo, Villaça teria melhor sorte se sua musa, Denise Fraga, fosse a protagonista, mesmo esta sendo uma estrangeira. E, com a aparição do verdadeiro Roberto nos créditos finais, percebe-se que um documentário atenderia melhor às necessidades de um personagem tão singular e carismático.
POR RODRIGO ARIJON
Custódia
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