Redação Publicado em 07/02/2011, às 08h59 - Atualizado às 08h59
Tom Hooper
Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter
Filme sobre a nobreza inglesa traz mensagem de superação de crises pessoais
O discurso do rei recebeu 12 indicações ao Oscar. Se na hora da votação final os membros da Academia estiverem em um momento “sensível”, então o filme vai levar boa parte dos prêmios principais. Os ingredientes para a consagração estão lá. É uma produção inglesa e conta uma história real de superação. Tem um senso de nostalgia, embora não seja abertamente sentimental. Uma coisa é certa: Colin Firth, independente dos méritos da concorrência, deve levar a estátua de melhor ator. Ele vive o Príncipe Albert, que em breve se transformaria no Rei George VI. O nobre acaba herdando o trono da Inglaterra em 1936, depois que seu irmão Edward (Guy Pearce) abdica para poder se casar com uma norte-americana divorciada. George é inseguro, despreparado e ainda sofre de gagueira crônica. Para tentar solucionar o problema, sua mulher Elizabeth (Carter) o apresenta a Lionel Logue (Rush), um excêntrico ator australiano que ganha a vida como terapeuta. Apesar de suas diferenças sociais, o Rei e o plebeu engatam uma estranha amizade. A terapia anticonvencional de Logue não só ajuda o Rei a superar seus problemas de fala, mas também a lidar com seus traumas psicológicos. O clímax acontece em 1939, quando a Inglaterra declara guerra à Alemanha e o Rei tem que falar, através de um discurso radiofônico, a uma nação (e a um mundo) cheia de incertezas e temores. O brilhante roteiro de David Seidler e as atuações estelares de Firth, Rush e Carter (tambem indicados ao Oscar) mascaram o fato de que O Discurso do Rei se apóia em fórmulas testadas e que já deram certo antes.
PAULO CAVALCANTI
Custódia
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