Redação Publicado em 11/06/2009, às 15h17 - Atualizado às 16h11
McG
Christian Bale, Sam Worthington
Realizadores sentem peso da camisa e entregam filme pouco inovador
A salvação é um filme cheio de quases. John Connor quase cativa. Kyle Reese quase morre. A Skynet quase acaba com a resistência. McG quase cumpriu suas promessas. Indeciso entre drama social e autoanalítico ou ação intensa, A Salvação sofreu pelo imenso respeito de seu diretor pela obra de James Cameron. Disposto a tudo para não desonrar o original, não encontrou seu próprio caminho e nasceu engessado. A maior, e mais positiva, surpresa é a grande atuação de Sam Worthington (também astro de Avatar), como o ciborgue Marcus Wright – o segundo australiano a roubar a cena de Christian Bale; Russell Crowe fez isso em Os Imperdoáveis. Tudo nele é novo. Seu rosto, seu personagem, seu talento, logo, quando não está em cena, A Salvação se torna previsível nas mãos de um Christian Bale obstinado e dedicado. Como enciclopédia da mitologia da série, esse quarto filme é perfeito. Explica, contextualiza e amplia vários conceitos. Como filme independente, não chega nem perto do espetáculo inovador prometido por McG e Bale. Não é ruim, tem visual elaborado e ótimos momentos, mas não encontra sua vocação. Arnold Schwarzenegger dá as caras como T-800, numa pontinha perfeitamente gerada por computador – quase uma viagem no tempo momentânea.
FABIO BARRETO
Custódia
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