<b>GATO E RATO</b> Javert (Crowe, à esq.) enquadra Valjean (Jackman). - Divulgação

Os Miseráveis

Tom Hooper

Paulo Cavalcanti Publicado em 14/02/2013, às 13h20 - Atualizado às 13h25

Adaptação cinematográfica de musical é sólida

Há quase de 30 anos ininterruptos Os Miseráveis tem se mantido em cartaz em algum canto do mundo. Para a longa esperada versão cinematográfica desta obra baseada no livro clássico de Victor Hugo, o diretor Tom Hooper respeitou o material original. Mas, para evitar o que poderia parecer apenas “teatro filmado”, a grandiosidade criada com efeitos de computador foi a arma usada na reconstrução da pútrida França do século 19. Hooper também utilizou closes e câmeras de mão para que o espectador entrasse na pele dos desgraçados que orbitam o universo de Jean Valjean, que ficou 19 anos escravizado por roubar um pedaço de pão e é caçado implacavelmente pelo inspetor Javert (Crowe). Ao longo de mais duas horas e meia seguimos um elenco classe A em uma jornada cristã de sofrimento, redenção, mágoa, revolução, religiosidade, patriotismo e traição. Os Miseráveis é endereçado aos resistentes. Mas os fãs – e existem muitos deles – não vão se importar em seguir novamente esta estrada musical rumo ao calvário.

Elenco: Hugh Jackman, Russell Crowe, Sacha Baron Cohen e Anne Hathaway

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