Oliver Stone
Érico Fuks Publicado em 22/10/2012, às 17h11 - Atualizado às 17h13
Triângulo amoroso é o centro das atenções de uma guerra particular
O veterano Oliver Stone costuma colocar a sociedade norte-americana em cheque, ao mostrar seus valores de modo irônico. Do sentido da Guerra do Vietnã em Platoon ao poder midiático em Assassinos por Natureza, o diretor fez fama com seu tom provocativo de refletir sobre as referências dos Estados Unidos. Em seu novo filme, ele encontra campo fértil para explorar o niilismo decorrente das riquezas. No sul da Califórnia, dois amigos transam com a mesma mulher e são donos da maior plantação de maconha do país, o que chama a atenção de um cartel mexicano conhecido pela violência. Mais do que ressaltar as diferenças entre ambos (um faz sexo, o outro faz amor), o filme aponta que eles são frutos de um sistema decadente e falido, que se reinventa para oferecer prazer à sociedade. Sarcástico no conteúdo, Stone derrapa ao transformar o hedonismo do road movie numa perseguição de gato e rato. Ainda assim, consegue ampliar os significados do título: viver a vida na natureza selvagem e escapar da crueldade dos selvagens do narcotráfico.
Elenco: Salma Hayek, Blake Lively e John Travolta
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