Redação Publicado em 07/01/2009, às 18h55
Vicente Amorim
Viggo Mortensen, Jason Isaacs, Jodie Whittaker
A hegemonia nem sempre é a voz da razão – ainda mais na Alemanha de Hitler
Com a escalada do nazismo que permeia a narrativa deste Um Homem Bom, o diretor brasileiro Vicente Amorim retoma uma questão por vezes esquecida: como foi possível o povo alemão realmente apoiar Adolf Hitler? A diferença aqui é o ponto de vista. Amorim observa o lado de dentro: por circunstâncias profissionais, um cidadão pacato, culto e apolitizado torna-se admirado pelo III Reich e, conseqüentemente, inicia uma colaboração intelectual com o partido nazista. A inércia de seu casamento, o comodismo e uma certa covardia servem de gatilho para o professor John Halder (Viggo Mortensen) sucumbir ao "lado negro da força", mas as implicações morais de suas escolhas vão além do que o próprio filme consegue abarcar. Um tema espinhoso, que tem seus melhores momentos na relação de Halder com seu amigo, o psicanalista judeu Maurice (Jason Isaacs, ótimo), e no abrupto e belo fi nal, quando os delírios musicais do protagonista mesclam-se com a mais estranha das realidades.
Rodrigo Arijon
Custódia
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