Redação Publicado em 04/02/2010, às 10h52 - Atualizado às 10h52
Peter Jackson
Saoirse Ronan, Mark Wahlberg
Badalado diretor volta ao drama com resultados medianos
Peter Jackson correu riscos ao adaptar o calhamaço do anel de Tolkien, ao insistir em não modernizar o remake do clássico King Kong, mas nenhum desses projetos chega perto do desafio de adaptar o romance mediúnico de Alice Sebold. A história da menina assassinada, que tenta levantar evidências para os pais descobrirem que o vizinho a matou, é sinuosa. Trafega entre o thriller, a tragédia, o romance, a fantasia sobrenatural, e produz tantos sobressaltos que a plateia pode até ficar confusa. De fato, a técnica de Jackson não parece tão firme e sedutora como em seus filmes anteriores. Mas não é de forma alguma ruim. Trata-se de um luxuoso exercício de romantismo místico de Jackson, em que nada recai no sentimental. A sequência do assassinato tem uma frieza de arrepiar, principalmente porque de antemão, a personagem revela que será morta. E o filme parece feito de encomenda para a câmera que desliza sobre as superfícies de tudo, talvez para enfatizar a aflição de uma personagem que não pode mais tocar em nada. É dolorosamente tenso e triste. Um fracasso interessante.
Hamilton Rosa Jr.
Custódia
A Noite Devorou o Mundo
Todo Dia
Hereditário
Oito Mulheres e um Segredo
As Boas Maneiras