Redação Publicado em 10/05/2009, às 09h18
Electronic Arts
Xbox 360/ PlayStation 3/PC
Recheado de licenças poéticas, game baseado no clássico não é uma oferta irrecusável
Os filmes de Francis Ford Coppola, definitivos, foram um tratado impecável sobre o crime e o capitalismo na
América. Já os jogos que surgiram a partir daí podem ser embrulhados com o jornal de ontem e colocados
para dormir com os peixes. Afinal, a segunda chance do Chefão nos games produz mais um cenário patético do mundo mafioso, outrora respeitável. Você, soldado dos Corleone, organiza uma família, protege estabelecimentos em Nova York e ouve conselhos do caçula Michael (Al Pacino no cinema – não no game). O que nos filmes é tratado com sutileza e maestria no jogo ganha ares de acabamento grosseiro e simplificação grotesca da máfia e suas motivações. A vida se resume a conquistar negócios rivais, fazer favores, “tornar-se o don”. Mesmo que para isso você tenha atitudes tão espertas quanto incendiar uma loja protegida por você mesmo. Os ambientes, imunes a conceitos como passagem do tempo, são povoados por cidadãos fora de contexto. A cena da festa em Cuba é emblemática. No cinema, tensão, indecisão, casa cheia. No game, ações óbvias e só uma dúzia de testemunhas na pista. Como diria o velho Clemenza, largue o jogo, fique com o cannoli.
RENATO BUENO
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