Redação Publicado em 11/06/2009, às 13h57 - Atualizado às 16h31
Lúcio Flávio Pinto
Edição Jornal Pessoal
Dois livros contextualizam a devastação do coração verde do Brasil
Faz mais de 40 anos que Lúcio Flávio Pinto, jornalista e sociólogo paraense, é o passageiro de uma agonia ímpar: reportar intensivamente a Amazônia, custe o que custar. Esse tempo de estrada trouxe a Pinto uma clarividência rara na cobertura da região. Como ele mesmo diz, “A Amazônia está fadada a uma esquizofrenia entre o saber e o fazer”. Agora, essa experiência de repórter e observador privilegiado ganha forma em duas obras. A Agressão – Imprensa e Violência na Amazônia e Amazônia Sangrada – de FHC a Lula são dois lados da mesma moeda amazônica: a violência de seus colonizadores. O primeiro inicia discutindo ameaças de morte e agressões físicas sofridas por Pinto em razão de um artigo publicado no seu Jornal Pessoal. O autor dos ataques: Ronaldo Maiorana, editor e um dos herdeiros do maior grupo de telecomunicações do Pará, que controla o jornal O Liberal. No segundo livro, Lúcio Flávio traça um panorama das (poucas) venturas e (muitas) desventuras amazônicas nos governos FHC e Lula. Mas, por mais cínica a realidade e brutais os números, a visão de Lúcio Flávio não se deixou contaminar com pequenezas. Para ele, a Amazônia é, sim, sagrada.
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