Redação Publicado em 11/10/2007, às 18h15 - Atualizado em 12/10/2007, às 14h25
Papai é um terror
"Os fantasmas sempre nos alcançam", pensa o roqueiro Judas Coyne - uma espécie de Ozzy Osbourne com todos os neurônios funcionando - quando percebe que sua existência é uma aventura lotada de morte, assombrações e sustos. Aos 54 anos, ele vive numa fazenda, se curando dos excessos conquistados enquanto liderava a mítica banda O Martelo de Judas - que terminou após a trágica morte de dois de seus integrantes. Além de colecionar objetos macabros (entre eles, o crânio de um camponês e laços usados em enforcamentos), ele passa os dias sendo importunado por um assistente e demonstrando algum carinho por Geórgia, uma gótica que conheceu num show de strip-tease. Mas esse idílio rock'n'roll naufraga logo na terceira página, quando Judas compra um fantasma pela internet. Dias depois, ele recebe em casa uma caixa preta em forma de coração. Dentro, um sinistro paletó e a tal alma penada - nada amistosa e doida pra acertar algumas contas. Com esses elementos, Joe Hill faz sua estréia em romances e constrói uma trama ágil, com diálogos afiados e momentos de arrepiar. E não por acaso as figuras paternas de A Estrada da Noite são as responsáveis por assombrar e influenciar a surrada existência de Judas. Afinal, o autor é filho de Stephen King (consagrado mestre do terror) e, para a sorte dos leitores, também parece carregar no sangue as maldições do papai. Góticos, tremei.
Por André Rodrigues
Literatura Nacional
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