Daniel Mark Epstein
Antônio do Amaral Rocha Publicado em 06/07/2012, às 17h37 - Atualizado às 17h40
Mais um bom livro sobre a obra do cantor e compositor norte-americano
Talvez, ao lado de John Lennon e dos Beatles, Bob Dylan seja um dos ícones pop mais biografados da história da música. Robert Shelton publicou No Direction Home (1986 e atualizado em 2010), aquele que parece ser o estudo mais completo sobre Dylan, e imaginava-se que ninguém iria se aventurar novamente a tentar desvendar a vida do homem que há por trás do poeta, músico, polêmico, contraditório, controverso, amado e criticado, dono de diversas personas e tudo o que se possa depreender da vida de Dylan. E, por ser personagem tão múltiplo, sempre haverá passagens, fatos e circunstâncias de sua longa vida que poderão ser explorados de um novo ângulo. Sua existência se presta a isso. Em A Balada de Bob Dylan, Daniel Epstein tenta enxergar as coisas por esse lado: dizer o que ainda não foi dito em um livro que é menos uma biografia e mais um ensaio sobre uma vida que fascina, e, ao mesmo tempo, uma contribuição valiosa à historiografia de uma época. Interessante é que o autor se fixou especialmente em shows que ele próprio presenciou nos anos de 1963, 1974, 1997 e 2009, extraindo daí material que possa explicar os momentos de sobe e desce da vida do ídolo e também o seu amadurecimento intelectual. E esse movimento pendular Epstein soube fixar. A se registrar o cuidado desta edição: a presença de um útil índice remissivo e a tradução de todas as letras das canções citadas, em notas de rodapé na própria página.
Fonte: Zahar
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