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Casagrande e Seus Demônios

Walter Casagrande Júnior e Gilvan Ribeiro

André Rodrigues Publicado em 12/04/2013, às 14h16 - Atualizado às 14h19

Irregular, biografia narra o vício do ex-jogador em cocaína e heroína

A vida de Casagrande, o Casão, é mirabolante e recheada de episódios marcantes. Ídolo do Corinthians nos anos 80, participou ativamente dos movimentos democráticos que engrandeceram o país, foi preso por porte de cocaína, jogou muita bola na Europa e se afundou nas drogas depois da aposentadoria. A redenção veio em rede nacional no Domingão do Faustão em 2011, com um depoimento sobre a internação e as dificuldades de recuperação. Essa trajetória ganha agora uma biografia em episódios, muito mais preocupada em relatar casos polêmicos do ex-jogador do que mergulhar profundamente na dor de um dependente químico ou contar em detalhes a história desse futebolista pop. Escrito com o jornalista Gilvan Ribeiro, amigo de Casagrande, o livro começa em 2007, com o surto (“Aplicava cocaína nas veias, cheirava pó, bebia tequila, tomava remédio para dormir, tudo junto”) que levou o atual comentarista da Rede Globo para uma longa internação. Pena que a franqueza dos depoimentos (nem todos interessantes) às vezes não compensa o abuso de clichês e um didatismo capenga presentes na linguagem dos capítulos – que seguem temas, e não uma ordem cronológica. Mas há revelações sobre o doping que Casagrande sofreu na Europa, muitas fotos e algumas passagens marcantes.

Fonte: Globo Livros

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