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Circo Voador – A Nave

Maria Juçá

Mauro Ferreira Publicado em 09/04/2014, às 07h59 - Atualizado às 08h02

Livro mostra os bastidores do espaço cultural carioca

Em agosto de 1984, Tim Maia tinha um show marcado no Circo Voador. Como todo artista que se apresentava na lona que abrigou o pop-rock brasileiro da geração 80, o Síndico teria que disputar, com sua equipe e com os convidados da produção, as cervejas servidas em copos plásticos no concorrido camarim da casa. Mas o cantor, doidão, às voltas com duas prostitutas, não fez o show e o bolo foi parar na primeira página de um jornal do Rio. Foi uma dor de cabeça que Maria Juçá, agitadora cultural de atuação fundamental na manutenção do Circo armado há 30 anos, teve que assumir. A própria jornalista e radialista relata neste caudaloso livro causos como este, que fizeram história no lendário palco carioca. O relato é feito em ordem cronológica. Embora o texto seja sempre objetivo, como uma reportagem, Maria por vezes engordura a obra, como nas páginas em que reproduz na íntegra a entrevista concedida por Tim Maia a um jornal local. Mas ela acerta ao contextualizar a abertura do Circo Voador, em 1982, na fervilhante cena cultural carioca da época, que se tornou parte importante da construção da identidade do rock feito no Brasil. Os passos iniciais de bandas como Paralamas do Sucesso na casa são reconstituídos na narrativa de 21 capítulos, que culmina com a recente visita de Madonna a um show no local.

Fonte: Independente

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