Redação Publicado em 05/11/2009, às 15h11 - Atualizado às 15h11
Saša Stanišic
Record
Autor se debruça sobre sua experiência na guerra da Iugoslávia
Talvez seja impossível contar a história de uma guerra. Talvez a única maneira de tentar seja deslocando a realidade para fora de sua zona de conforto, já que nada pode ser tão irreal quanto a barbárie. É isso o que faz – com habilidade e lirismo – Saša Stanišic em Como O Soldado Conserta o Gramofone. Através dos olhos do pequeno e inventivo Aleksandar, somos transportados para o meio da guerra que esfacelou a antiga Iugoslávia. Pela sua imaginação febril, conhecemos os habitantes da cidade bósnia de Višegrad e a tensão dos conflitos étnicos (bósnios, sérvios e croatas) e religiosos (muçulmanos, ortodoxos e católicos). A história é toda narrada em tom de fábula, com o registro fantástico que cabe às impressões de uma criança que se depara com o horror e precisa inventar um modo de não sucumbir a ele. Para Aleksandar, esse modo são as histórias que inventa, seus heróis, sejam eles jogadores de futebol ou seu avô. Quando o conflito toma conta de sua cidade, Aleksandar se exila na Alemanha. De lá, busca resgatar seu passado e sua pátria de todas as maneiras imagináveis: tentando entrar em contato com um amor infantil, fazendo listas intermináveis de lembranças e, no fim, voltando ao local onde vivia quando criança para um acerto de contas com sua própria identidade.
POR MAURICIO DUARTE
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