Hilda Hilst
Bruna Veloso Publicado em 22/06/2017, às 17h20 - Atualizado às 17h23
Hilda Hilst amargou a dor de testemunhar uma obra que sabia majestosa – a dela – não ser devidamente reconhecida. Cansada de se ver muitas vezes ignorada, chutou todas as portas ao lançar O Caderno Rosa de Lori Lamby (1990), o livro inaugural de sua fase erótica, a que deu início como uma provocação: tinha consciência de que não seria mais invisível com aqueles textos, que muitos consideraram escandalosos e de mau gosto (são, na verdade, por vezes cômicos, por vezes rascantes, e em todas elas preciosidades da nossa literatura). Funcionou. Tempos mais tarde, quem chegava a tais livros acabava se deparando com os 45 anos que Hilda dedicou à poesia, reunidos neste volume. Não há como sintetizar a importância dessa obra, na qual a escritora caminhava com versos de dor, amor, sensualidade, finitude, espiritualidade... Uma obra humana, enfim. “Somos crianças nesta noite escura. Tudo mais não sabemos”, ela escreveu em “Do Amor Contente e Muito Descontente” (Roteiro do Silêncio, 1959). De uma coisa, hoje, sabemos: Hilda foi uma das maiores escritoras que o Brasil já deu à luz.
Fonte: Companhia das Letras
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