Alex Ross
RODRIGO LEVINO Publicado em 09/09/2011, às 10h25 - Atualizado às 10h34
Crítico dissolve as barreiras entre os universos da música clássica e popular
Tratar de música erudita sem cair em sisudez é difícil. Solene e grave, o gênero está sempre associado a “coisa de velho”. Uma meia verdade. Alex Ross, crítico de música da revista norte-americana The New Yorker, tem o dom de torná-lo acessível e mais: despertar curiosidade sobre o assunto, tratando-o de maneira didática, contextualizando historicamente e relacionando grandes sinfonias à personalidade dos seus compositores, muitas vezes espetaculosos e geniosos como astros de rock. Em Escuta Só, uma coletânea de artigos e ensaios publicados originalmente na revista onde Ross está desde os 28 anos de idade (agora ele tem 44), o autor dá um passo adiante ao criar conexões entre erudição e cultura pop, mostrando o que há de Richard Wagner no Radiohead, aprofundando a análise sobre a obra da cantora islandesa Björk e, deixando sinfônicas e maestros de lado, louvando as canções do Nirvana e do Sonic Youth e ainda vasculhando o peculiar universo de Bob Dylan. A paixão de Ross é contagiante. Logo o leitor estará dividido entre peças de Schubert e canções do Nevermind, achando que tudo faz parte de um só universo. E faz.
Fonte: Companhia das Letras
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