Freak

Redação

Publicado em 10/05/2009, às 08h57
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Imagens ganham vida na obra de Titi Freak -

Hamilton Yokota

Editora ZY / Choque Cultural

Um panorama visual do inquieto grafi teiro paulistano

A street art brasileira é um fenômeno incontestável. Depois de mostrar seu valor nas ruas do país, tomar de assalto galerias de arte e ganhar fama para além das nossas fronteiras, o graffiti atinge agora outra plataforma: as páginas dos livros. Freak, o primeiro livro do artista paulistano Hamilton Yokota, aka Titi Freak, é um marco na sua carreira, ainda que termine decretando “e isso é só o começo”. As 200 páginas de Freak trazem um verdadeiro relato visual da trajetória de Titi. Do jovem de 13 anos, apaixonado por desenhar, que conseguiu o emprego dos sonhos no Estúdio de Maurício de Souza, passando pela descoberta do graffiti e das ruas, que literalmente reinventou sua arte, e chegando ao artista amadurecido, cujos trabalhos podem ser apreciados em exposições dentro e fora do Brasil. Mas é nas ruas que Titi sente-se bem. Seja nos muros da Liberdade (bairro onde mora em São Paulo), seja em paredes grafitadas de Londres, Saint-Tropez ou Osaka, sua arte ganha mais vida e sentido nessa relação intervencionista

com a cidade. Não só pela estética em si, e sim pela capacidade de enxergar maneiras de interagir com o espaço urbano, chamando a atenção para um canto (ou muro, parede, poste) anteriormente esquecido. Nada substitui a experiência de ver in loco a arte de Titi, mas Freak cumpre bem seu papel, injetando cores nas estantes que por ventura venham a recebê-lo.

MARCELO VIEGAS

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