Glauco
ANTONIO DO AMARAL ROCHA
Publicado em 09/02/2012, às 11h01 - Atualizado às 11h03A circo editorial, capitaneada pelo incansável editor Toninho Mendes, revelou chargistas e quadrinistas voltados ao humor e inseriu diversos nomes no mercado nacional. Foi o caso de Angeli, Laerte, Luiz Gê, Pelicano e Glauco com a revista Geraldão, que tinha a incrível tiragem de 50 mil exemplares e hoje é um item de colecionador. Foram dez edições, que circularam de maio de 1987 a dezembro de 1988. Ali desfilou a galeria, totalmente amalucada, de personagens de Glauco, como Geraldão, Casal Neuras, Doy Jorge, Dona Marta, todos com um humor corrosivo, desbocado, sem nenhuma preocupação com os chamados bons costumes. Geraldão, virgem, nutria verdadeiro tesão pela mãe e tentava levar a “velha” para a cama. Foi com esse personagem que Glauco deixou a marca definitiva de seu trabalho. O cartunista desenhava o personagem com três ou quatro braços, todos eles ocupados, definando a urgência e o desequilíbrio da personalidade frenética de Geraldão. As dez edições da publicação voltam em formato livro, em capa dura, com re produções fiéis às originais e formam uma coletânea obrigatória para conhecer o que acontecia no país naquela época. Glauco teve um trágico fim e esta edição serve como uma justa forma de homenagem.