Redação
Publicado em 04/02/2010, às 11h51 - Atualizado às 11h51Leandro Narloch
Leya
Jornalista provoca polêmica ao revelar o lado B da história nacional
O que esperar de um livro de história que começa citando Groucho Marx e termina bradando “viva o Brasil capitalista”? Alguma gozação, sem dúvida. Certa ranzinzice e, principalmente, muita provocação. O jornalista Leandro Narloch resolveu jogar tomates na história do Brasil. Apoiado na leitura de 120 livros e em diversas entrevistas com historiadores e pesquisadores, ele fuçou o lado B de temas abrangentes como a escravidão, a Guerra do Paraguai e a convivência com os índios no início da colonização do país. Sua ideia foi levantar o tapete e espalhar a sujeira. O autor questiona conceitos (“quem mais matou índios foram os índios”) e propõe reflexões menos maniqueístas sobre fatos consagrados. Segundo Narloch, o livro é “uma pequena coletânea de pesquisas históricas sérias, irritantes e desagradáveis”. Ele também distribui petelecos na reputação de heróis nacionais (“Santos Dumont não inventou o avião”) e uns bons jabs na carreira de escritores ilibados (“Gilberto Freyre admirava a Ku Klux Klan”). Um aviso para os detratores: não gastem todos os tomates agora. O autor deixou vários temas de fora (nordestinos, Canudos e a influência norte-americana) para um possível segundo volume.
André Rodrigues