Mark Eglinton
Pablo Miyazawa Publicado em 14/08/2014, às 15h49 - Atualizado em 11/09/2014, às 16h40
Biografias não autorizadas nem sempre garantem um trabalho equilibrado por parte do biógrafo. No que diz respeito à história escrita de James Hetfield, fica claro que o objetivo do britânico Mark Eglinton era ferir o homenageado o mínimo possível. No livro, o líder do Metallica é pintado menos como o tal lobo raivoso do título, e mais como um cão de caça bem domesticado. As conversas com colegas do passado do artista (ninguém muito expressivo) resgatam a infância e a adolescência com detalhamento e certa novidade. Já o fato de nem Hetfield nem os atuais integrantes terem sido entrevistados resulta em uma visão fria e afastada da trajetória recente do grupo. Momentos- -chave – como a demissão de Dave Mustaine e a briga com o Napster – são lembrados com distanciamento, de modo a isentar Hetfield de grandes responsabilidades. No lugar de confrontar aspectos desagradáveis, o autor preferiu exaltar as qualidades do personagem – o músico habilidoso, o compositor diferenciado, o líder carismático que aprendeu a comandar as massas. Pelo menos terminamos a leitura tendo certeza de que James Hetfield, ainda que tropeçando muito pouco, é a perfeita definição do astro do rock definitivo.
Fonte: Editora Gutenberg
Livros biográficos de atletas para ler e se inspirar durante as Olimpíadas
Madonna 60
A Arte de Querer Bem
Testo Junkie
Lute Como uma Garota
Tropicália ou Panis Et Circencis e Clube da Esquina