Redação Publicado em 10/05/2009, às 09h05
Philip Norman
Companhia das Letras
Biografia mostra um John Lennon genial, contraditório e humano
Conhecido por ser o autor de Shout (1981), uma das melhores biografias dos Beatles, Philip Norman agora mergulha de cabeça na vida do integrante mais polêmico do Fab Four. No posfácio, afirma que Yoko Ono não endossou o seu livro, alegando que ele teria sido “maldoso com John”. Quem ler atentamente as mais de 800 páginas de Lennon – A Vida chegará a uma conclusão: a viúva deixou seu lado afetivo falar mais alto. Afinal, o personagem que emerge aqui é o de um cara contraditório, capaz de participar de campanhas pela paz e bater no melhor amigo, de negligenciar por completo a criação do primeiro filho e abandonar por quase cinco anos a carreira para se dedicar única e exclusivamente à criação do segundo, ou mesmo de admitir ter sentido vontade de transar com a própria mãe. Inseguro, ciumento, talentoso, inteligente, o exbeatle aproveitou extremamente bem seus 40 anos de vida, e Norman a pesquisou de forma admirável e detalhada. Nem sempre suas opiniões são muito respeitáveis (“Get Back”, um inexpressivo lado A dos Beatles? Sometime in New York City, um bom álbum?), além de demonstrar certa má vontade em relação a Paul Mc-Cartney, mas John Lennon – A Vida é um retrato fiel e sem retoques de um gênio, que também era um ser humano falível.
FABIAN CHACUR
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