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Machu Picchu

Tony Bellotto

Antônio do Amaral Rocha Publicado em 12/04/2013, às 14h19 - Atualizado às 14h20

Novo livro do titã relata crise familiar e traz referências pop

Em 120 páginas, Tony Bellotto conta uma história mais solar em contraponto ao universo esfumaçado e noturno em que andava o herói Bellini nos livros anteriores. Em Machu Picchu, os diversos personagens de uma família disfuncional – o pai, Zé Roberto, a mãe, Chica, e os “filhos” Rodrigo, Claudinha e Anita – funcionam como narradores. Os pais são adúlteros: Chica tem um caso com um colega de trabalho e Zé Roberto pratica uma traição virtual. No caldeirão cultural do autor cabe um pouco de tudo – de Dead Kennedys e Erik Satie a Rimbaud e Henry Miller. A escrita fragmentada e bem-humorada de Bellotto junta tecnologia, redes sociais e muita maconha. Grande parte da trama se passa nos congestionamentos do Rio de Janeiro. Momentos da vida dos personagens se desenrolam dentro dos carros e nas escapadelas do fim de tarde para uma passada em motéis ou mesmo à frente de um computador. O desfecho, quando todos os envolvidos se encontram no apartamento do casal, é digno das trapalhadas de um enredo de filmes de Pedro Almodóvar.

Fonte: Companhia das Letras

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