Shani Boianjiu
Stella Rodrigues Publicado em 13/05/2013, às 11h47 - Atualizado às 11h49
Autora estreante usa experiência no Exército de Israel em livro de ficção
Desde o relato de Anne Frank, cujo diário é um marco insuperável de retratos de guerra, a literatura tem sido agraciada com contos sensíveis (fictícios, reais e um pouco de ambos) a respeito de moças no meio do conflito. Aqui, a estreante Shani usa as experiências que vivenciou nas Forças de Defesa de Israel para construir a história de três garotas que deixam para trás a vida escolar tradicional para embarcar em uma outra, cercada de medo e violência, mas contada de maneira corajosa e talentosa pela autora – que ora faz as personagens soarem como típicas adolescentes cheias de lamentos da idade, ora as revela como verdadeiras heroínas de uma trajetória épica. O retrato é construído de forma alternada, embora as narrativas às vezes fiquem tão parecidas, que as histórias se misturam e ficam um pouco maçantes. Cada personagem ganhou uma função no exército e conta sobre a rotina em seus capítulos. Avishag se envolve em um romance com seu comandante. Yael ensina jovens recrutas a atirar (e aproveita para seduzi- los). E Lea fantasia a respeito de um palestino que vê diariamente em um posto de controle.
Fonte: Objetiva
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