Redação Publicado em 07/06/2011, às 11h38 - Atualizado às 11h40
Bill Clegg
Companhia das Letras
História real de um sujeito complicado que desceu às profundezas do inferno
Para quem está acostumado à crônica de pobres e mendigos viciados em crack vagando como zumbis, o relato do editor norte-americano Bill Clegg é uma surpresa. Intelectual, jovem, bem nascido, habitué de restaurantes e festas disputadas em Manhattan, Clegg experimentou a droga com frequência ao longo de três anos. Os dois meses finais do vício foram devastadores, somados à sede por vodca – em alguns dias, bebia cinco garrafas do destilado. O crack varreu a sua conta bancária (ele gastou US$ 80 mil em pedras), a sua reputação (perdeu todos os escritores que agenciava), a sua dignidade (passou a viver em hotéis e na rua) e as suas relações (perdeu o namorado). O relato dessa descida ao inferno é sóbrio e de incontestável valor literário. Com muita habilidade, ele alterna descrições das piores crises com fatos da infância e da adolescência, quando já havia sinais de algo que mais tarde o levaria ao vício incontrolável: a impulsividade.
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