Rita Lee – Uma Autobiografia - Agência O Globo

Rita Lee – Uma Autobiografia

Rita Lee

Paulo Cavalcanti Publicado em 20/12/2016, às 11h29 - Atualizado em 27/12/2016, às 14h08

Esperada biografia da cantora é um espelho de sua personalidade exuberante

Ao final deste relato em primeira pessoa, Rita Lee ironiza a recepção que vai ter quando morrer. E aproveita para escrever o próprio epitáfio: “Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa”. Esse é mais ou menos o tom da narrativa do livro, refletindo a alma livre que Rita exibe até hoje. É a saga de uma garota paulistana e fã dos Beatles que entrou de gaiata no panorama da música brasileira com o objetivo de, como ela mesma cantou, “arrombar a festa”. Quando esteve com os Mutantes, ajudou a redefinir o rock nacional. E, quando saiu em carreira solo, foi uma das inventoras do nosso pop-rock. Esses momentos estão aqui, além de contos que são ao mesmo tempo pungentes e hilariantes sobre drogas, álcool, celebridade e uma nada convencional vida em família. Há ressentimento dirigido à imprensa e aos ex-colegas dos Mutantes – Rita até hoje não engoliu a maneira como foi expulsa da banda e não quis fazer as pazes com eles nem neste livro definitivo. Mas aqui também tem música. Ao longo da narrativa, ela analisa seus próprios trabalhos (e a parceria musical e amorosa com Roberto de Carvalho) com propriedade e visão crítica, mas de maneira leve. Hoje aposentada dos palcos, Rita segue como uma figura essencial na nossa música.

Fonte: Globo Livros

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