Relato duro detalha a vida de pessoas abandonadas pela sorte. - Divulgação

Solidão

José Maria Mayrink

Paulo Cavalcanti Publicado em 11/09/2014, às 12h24 - Atualizado às 16h41

Em 1982, o jornalista José Maria Mayrink publicou em O Estado de S. Paulo uma sequência de reportagens sobre pessoas solitárias que habitavam São Paulo. Ele falou com gente rejeitada pela sociedade e que não tinha absolutamente ninguém a quem recorrer, como mendigos, presidiários, leprosos, cegos, doentes mentais e também aqueles que tinham a solidão como opção de vida, como religiosos e trabalhadores noturnos. A leitura desta obra, que compila os textos feitos para o jornal, está longe de ser fácil – Mayrink não suaviza as histórias e nunca parte para a emoção barata. Mas, mesmo com o assunto pesado, o livro ainda oferece alguma esperança, já que o autor também reproduz cartas que recebeu posteriormente de pessoas que reagiram às reportagens originais. O mais assustador é perceber que, mais de 30 anos depois, muita coisa não mudou nas grandes metrópoles.

Fonte: Geração Editorial

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