Carlos Minuano
Paulo Cavalcanti Publicado em 21/12/2017, às 11h41 - Atualizado às 11h42
Nunca houve uma figura como a de Clodovil Hernandez. Ele despontou como estilista na década de 1960, quando o Brasil fincou o pé no circuito mundial da moda. Mas Clô, como era chamado, possuía uma inteligência sagaz, um humor ácido e uma língua ferina. Ele era uma figura interessante demais para ficar confinado a um ateliê. Quando virou apresentador de televisão, tornou-se o terror dos entrevistados e colecionou desafetos. A vida dele foi pontuada por polêmicas e grande parte destas situações estão relatadas aqui. O autor avançou na narrativa ao desvendar um pouco da reservada vida de Clodovil. Homossexual assumido, lutou contra o preconceito e a homofobia usando inteligência, talento e combatividade. Mas ele se mostrava contraditório: alguns depoentes contam no livro que ele era “um gay que não gostava de gays”. Até morrer em 2009, aos 71 anos, Clodovil foi uma pessoa difícil, um bon vivant de alma torturada. Ao juntar as vozes de amigos e inimigos do artista, Tons de Clô é um tributo essencial a essa figura única da cultura nacional.
Fonte: Best Seller
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