Bruce Cook
Stella Rodrigues Publicado em 20/03/2016, às 18h35 - Atualizado às 18h39
Mesmo com a interpretação indicada ao Oscar de Melhor Ator para Bryan Cranston, a versão cinematográfica
da biografia de Dalton Trumbo (Trumbo - Lista Negra) nem se aproxima de dar conta da vida do roteirista que desafiou uma verdadeira caça às bruxas a artistas integrantes ou simpatizantes do Partido Comunista, nos Estados Unidos, na década de 1940. A analogia é óbvia, mas de todas as elogiadas e premiadas
histórias que Trumbo produziu a mais envolvente das tramas é a do talentoso escritor de carne e osso que foi preso, banido da indústria cinematográfica, colocado em uma lista negra junto a outras nove pessoas e que liderou uma revolta silenciosa para devolver esses chamados “Hollywood Ten” (“Os Dez de Hollywood”) de volta
a um lugar de destaque no mercado com o uso de pseudônimos. Trumbo, inclusive, ganhou dois Oscar por roteiros que não pôde assinar (relativos aos filmes Arenas Sangrentas e A Princesa e o Plebeu). O autor,
Bruce Cook, se alonga em capítulos deliciosos, mesmo que de pouca relevância histórica, como o que traz o jogo de conquista aplicado pelo biografado para cortejar a esposa, Cleo (é melhor do que qualquer comédia romântica).
Fonte: Intrínseca
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