Paul Stanley
Sérgio Martins Publicado em 22/04/2015, às 16h06 - Atualizado às 16h26
Na Nova York dos anos 1970, Stanley Bert Eisen era o candidato menos provável a se tornar um astro do rock. Tímido, ele nasceu com uma deformidade no ouvido direito que o impedia de escutar as pessoas. Eisen, no entanto, insistiu no sonho. Rebatizado como Paul Stanley, escolheu a guitarra e se uniu ao baixista israelense Chaim Witz – que virou Gene Simmons – para criar uma banda. O visual pouco atraente da dupla e de seus companheiros (o guitarrista Ace Frehley e o baterista Peter Criss) seria disfarçado com máscaras e efeitos de mágica para que se tornassem uma espécie de super-heróis. Este relato de Stanley difere do das autobiografi as dos outros integrantes do grupo pela clareza com a qual alinha sua trajetória pessoal às peripécias do resto do Kiss. Com uma sinceridade cortante, fala da vagabundagem de Frehley e Criss, que levou a dupla a ser demitida duas vezes da banda. O músico revela que os problemas pessoais na adolescência o levaram a se consultar com um psiquiatra (Jesse Hilsen, que depois se tornou empresário do grupo, um dos muitos que lesaram o patrimônio do Kiss) e zomba do suposto tino empresarial de Simmons – Stanley teria sido o responsável por alertar o amigo de que estavam sendo larapiados pelos agentes. Sem as aventuras sexuais do baixista ou o rancor de Frehley e Criss,
Uma Vida sem Máscaras traça um belo retrato de como o Kiss burilou sua sonoridade. Funciona tanto para os fãs como para roqueiros iniciantes que precisam de um guia de autoajuda para encontrar o caminho do sucesso.
Fonte: Belas-Letras
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