Rex Brown
Pablo Miyazawa Publicado em 11/09/2014, às 12h13 - Atualizado às 16h41
Fica claro que Rex Brown é a única testemunha com condições de relatar com fidelidade a história do Pantera. Não que seja um exemplo de sobriedade, como quase dá a entender na primeira metade deste Verdade Oficial, mas, se comparado ao restante do quarteto, o baixista pode se declarar um cara até normal. Sem fugir do lugar-comum das biografias roqueiras, Rex gasta boas páginas com histórias de exageros e noites de pé na jaca encharcadas de álcool e arrependimento. Assim mesmo, ele concentra a maior parte do relato na ascensão e queda de uma das bandas mais bem-sucedidas dos anos 1990, na condição de protagonista sincero que não se preocupa em fazer média com os ex-parceiros. O assassinato do guitarrista Dimebag Darrell (em 2004) é o fio condutor da narrativa, que repassa a adolescência de Rex, a formação do Pantera (antes, uma banda glam), a entrada do indomável Phil Anselmo, as extravagâncias da fama e os conflitos que levaram ao desfecho trágico, pouco caindo na pieguice ou na comiseração. Mesmo sem final feliz, a saga ganha contornos simpáticos graças ao estilo cândido do narrador, que ainda mostra ser boa-praça ao nos poupar de lições de moral ou pedidos de redenção.
Fonte: Edições Ideal
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