Jennifer Egan
Cristiano Bastos
Publicado em 09/03/2012, às 14h44 - Atualizado às 14h45Ficção traça um perfil de pessoas que vivem na indústria do entretenimento
Múltiplas são as impressões deixadas pelo bestseller A Visita Cruel do Tempo, obra de Jennifer Egan vencedora do Pulitzer de Ficção 2011. Arquitetado em cut-ups narrativos, o livro (já em adaptação para a TV pela HBO), conduz personagens cujas vidas entrecruzam-se ao longo de 50 anos. Bem-sucedido, o produtor Bennie Salazar, ex-integrante da banda The Flaming Dildos e proprietário da Sow’s Ear Records, esconjura a indústria fonográfica, apesar de agora alimentá-la com o lixo que produz. Sasha, a cleptomaníaca, e Jules Jones, um repórter de celebridades preso por assediar uma atriz durante uma entrevista, são outros tipos (dos cerca de 20) que se encontram e desencontram pela obra. Embora não seja necessariamente um romance rock, as citações fumegam pelas páginas: vão de ícones do punk e hardcore como The Cramps, Circle Jerks e Black Flag a grupos obscuros como The Sleepers e Crime. Mas a canção-tema do livro é o hino “The Passenger”, de Iggy Pop, uma das inspirações da autora no momento de escrever a obra
Fonte: Intrínseca