Compositor de grandes sucessos do rock nacional, Chorão faleceu há 10 anos, no dia 06 março de 2013, em São Paulo
Pamela Malva Publicado em 05/03/2023, às 19h00
Na manhã de 06 de março de 2013, há exatos 10 anos, a banda Charlie Brown Jr. perdia seu líder, ao mesmo tempo em que a música brasileira perdia um de seus maiores poetas. Alexandre Magno Abrão nasceu em abril de 1970 e cresceu para marcar gerações. Mas, afinal, por que o autor de sucessos como "Só os loucos sabem" e "Pontes Indestrutíveis" tinha o apelido de Chorão?
Natural da cidade de São Paulo, Alexandre cresceu estudando em escolas estaduais e desenvolveu uma grande paixão por Santos, onde passou grande parte de sua infância. Aos 14 anos, perdeu sua mãe e conheceu o esporte que se tornaria outra de suas paixões: o skate.
Atraído pelo estilo de vida descontraído que a prática lhe garantia, Alexandre passou a fazer parte de competições de skate, principalmente na região do Ibirapuera, em São Paulo. Fã de bandas como Suicidal Tendencies e Ratos de Porão, cresceu entre os skatistas e teve diversos trabalhos, incluindo como corretor de imóveis na imobiliária de seu pai.
Foi apenas em 1992, depois de cantar uma música do Suicidal Tendencies em um bar de Santos, que Alexandre — já conhecido como Chorão — formou o famoso Charlie Brown Jr. ao lado de Champignon. Anos mais tarde, com dez discos lançados e diversos prêmios conquistados, a banda tornou-se uma das mais famosas do rock nacional.
Curiosamente, as histórias de Chorão e do próprio Charlie Brown Jr. se confundem com o amor que o compositor sentia pelo skate. E foi justamente por culpa do esporte, segundo o próprio compositor revelou em entrevistas, que Alexandre passou a ser conhecido como Chorão.
Em 2001, todos os apelidos da banda foram questionados por Jô Soares, durante uma edição do Programa do Jô. Bem-humorados, os artistas explicaram as origens de seus nomes, como o de Pelado, que costumava andar sem roupas em casa. Na ocasião, Chorão lembrou que seu apelido surgiu nas ruas, enquanto ele praticava skate.
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"A galera do skate sempre bota apelidos e tal, e eu era meio tímido, ficava só olhando", lembrou o cantor. "Então, passou um cara um dia e falou, ‘Pô, não chora, anda de skate’. Aí passou outro, ‘Não chora, anda de skate’. Aí pegou Chorão. Eu comecei a andar, mas o Chorão ficou.”
Para além da narrativa do próprio Chorão, existem explicações que atribuem o apelido à forma como Alexandre andava de skate. Segundo as teorias, ele também teria recebido a alcunha por culpa das caretas que fazia quando errava uma manobra.
Fato é que, chorão ou não, bom no skate, ou um péssimo esportista, Alexandre Magno Abrão mudou a história da música nacional com seus versos. Dono de poesias atemporais, Chorão marcou diversas gerações e teve sua história, apesar de interrompida precocemente naquela manhã de março de 2013, mesclada com a cultura do skate no país.
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