115 anos de Cartola: Relembre 5 composições do sambista

Quando era pedreiro, Angenor de Oliveira usava um chapéu coco — também chamado de cartola —para proteger a cabeça do cimento. Foi assim que Cartola ganhou o apelido pelo qual ficou conhecido no mundo da música. Os primeiros acordes no cavaquinho foram ensinados por seu pai, Sebastião de Oliveira, que participava de uma agremiação carnavalesca (via Museu Afro Brasil).

Assim que a mãe de Cartola faleceu, Sebastião abandonou o filho, mas deixou um recado: "Vou-me embora desse morro, mas deixo aqui um Oliveira para fazer vergonha." Ele mal sabia que Angenor seria um dos fundadores da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, a segunda escola de samba do Rio de Janeiro, em 1928. Além disso, Cartola se tornou um dos maiores compositores do Brasil.

O músico faleceu em 1980, no Rio de Janeiro — onde também nasceu — em decorrência de um câncer. Se estivesse vivo, completaria nesta quarta-feira, 11, 115 anos. Relembre cinco sucessos compostos por Cartola, cantados por ele ou por outros artistas:

As Rosas Não Falam

Segundo o Ecad, "As Rosas Não Falam" é uma das músicas brasileiras mais regravadas de todos os tempos, ocupando a 9ª posição no ranking.

O Mundo É Um Moinho

A canção teria sido composta para Creusa, filha adotiva de Cartola e afilhada de sua primeira esposa, Deolinda.

Alvorada

"Alvorada" é uma composição de Cartola, Hermínio Bello de Carvalho e Carlos Cachaça, que também é um dos fundadores da Mangueira.

O Sol Nascerá (A Sorrir)

"O Sol Nascerá (A Sorrir)" foi composta após um amigo desafiar Cartola e Elton Medeiros a improvisar uma canção inédita. Em poucos minutos um dos maiores sucessos do sambista foi criado.

Tenho Um Novo Amor

Composição de Cartola, "Tenho Um Novo Amor" ficou conhecida na voz de Carmen Miranda.