26 anos sem Tupac: Relembre os trágicos últimos dias de vida do rapper

Em fevereiro de 1996, Tupac Shakur lançou All Eyez on Me, seu quarto álbum de estúdio e um dos maiores discos de rap dos anos 1990. Tendo vendido mais de 560 mil cópias em sua semana de lançamento, o projeto prometia um ano de sucessos para o cantor. Em setembro, entretanto, a carreira e a vida do rapper foram inesperadamente interrompidas.

Era noite de 7 de setembro de 1996. Tupac estava em Las Vegas para assistir a uma luta de Mike Tyson com Bruce Seldon. O dia parecia repleto de conquistas, desde os lucros do rapper nos cassinos, até a vitória de Mike Tyson em menos de dois minutos no ringue.

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Com o passar das horas, entretanto, as coisas começaram a sair do controle. Logo depois que a luta no MGM Grand Las Vegas terminou, por exemplo, Tupac envolveu-se em uma briga com Orlando Anderson, membro da Southside Crips, uma gangue rival de Los Angeles.

Acompanhado por toda a sua equipe, todavia, o rapper foi rapidamente afastado da confusão e colocado em uma BMW E38 sedan, junto do empresário Suge Knight. Por volta das 22h55, Tupac foi fotografado dentro do carro, em uma das últimas imagens do cantor.

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Minutos mais tarde, já depois das 23h, o rapper parou o veículo novamente, dessa vez em um farol da Flamingo Road, na região do cruzamento da Koval Lane. A ideia era ir até o Clube 662, mas os planos de Tupac e Suge foram cruelmente interrompidos.

Ainda parados no farol, o rapper e o empresário foram abordados por um Cadillac branco de modelo antigo. Em questão de segundos, o vidro da janela do carro foi abaixado e cerca de doze ou treze tiros foram disparados contra a BMW de Tupac.

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Dono da Death Row Records, Suge levou um tiro de raspão na cabeça e foi atingido por estilhaços do veículo. Shakur, por sua vez, foi atingido por quatro dos tiros direcionados ao carro — no total, projéteis foram encontrados na cabeça, na virilha e na mão do cantor.

A polícia foi chamada, paramédicos apareceram no local e os dois amigos foram rapidamente levados ao hospital. Uma vez internado, ligado a um ventilador para que pudesse respirar e severamente sedado, Tupac revezava entre momentos de lucidez e inconsciência.

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Eventualmente, após tentar sair de sua cama, o rapper teve de ser posto em coma induzido. Depois disso, foram horas e mais horas de cirurgias, sendo que uma delas, apesar de mal sucedida, tentou remover o pulmão direito do cantor.

Aos 25 anos, Tupac não demonstrava melhora e os médicos lhe davam cerca de 50% de chance de sobreviver. Tamanha era a preocupação que, mesmo depois dos procedimentos cirúrgicos, o rapper foi transferido para a Terapia Intensiva do hospital.

No dia 13 de setembro de 1996, após dias lutando por sua vida, Tupac faleceu devido a uma hemorragia interna. Tentativas de reanimação falharam e, por volta das 16h, os aparelhos que mantinham o rapper vivo foram desligados por decisão de sua mãe.

Nos relatórios do hospital, a causa da morte de Tupac foi descrita como insuficiência respiratória e parada cardiorrespiratória, isso sem contar os ferimentos a balas. Considerado um dos maiores rappers de seu tempo, Shakur foi cremado logo em seguida.

A morte do cantor ergueu sobre toda a cidade uma névoa de suspeitas, já que a polícia de Las Vegas mal investigou o caso, alegando falta de informações e testemunhas. Não demorou, então, que teorias da conspiração fossem criadas em torno do caso, envolvendo rappers, como Combs e The Notorious B.I.G., e até mesmo agências como o FBI e a CIA.

Constantemente citado quando o caso era trazido à tona, B.I.G. chegou a negar as acusações de envolvimento. E o próprio Orlando Anderson, com quem Tupac brigou naquele dia 07, um dos principais suspeitos no assassinato, foi morto em um tiroteio, em maio de 1998.

Pouco tempo depois de Tupac, Notorious B.I.G. também foi assassinado a tiros, desta vez em Los Angeles, no dia 9 de março de 1997. Com a morte dos dois rappers, então, a duradoura rivalidade entre as costas Leste e Oeste dos EUA finalmente chegou ao fim.