Vocalista e guitarrista do Green Day recorreu a fenômeno da Beatlemania para comparação empolgada em entrevista
Igor Miranda Publicado em 02/09/2023, às 10h40
Os Beatles representaram aquele que talvez foi o maior fenômeno musical da história. A popularidade da banda formada por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, especialmente no período em que estiveram na ativa, provavelmente nunca será reproduzida por qualquer outro artista.
Até por isso, a comparação feita por Billie Joe Armstrong em entrevista de 2014 à Time pode soar deslocada caso seja considerada de forma literal. Porém, é importante destacar que o vocalista e guitarrista do Green Day usou uma figura de expressão.
Na ocasião, Armstrong foi convidado junto de outros músicos a expressar suas lembranças sobre Kurt Cobain, também vocalista e guitarrista, mas do Nirvana. O frontman faleceu em 1994 — e as declarações dos artistas serviram para um artigo que o relembrava exatas duas décadas após sua morte.
Inicialmente, a reflexão de Billie Joe girou em torno do talento de Kurt como compositor. Em sua visão, o ícone do grunge “criou músicas lindas”.
“Quando alguém vai honestamente direto ao âmago de quem ele é, o que está sentindo, e é capaz de expor isso… não sei, cara, é incrível.”
Em seguida, veio a comparação. Para o frontman do Green Day, o Nirvana foi como os Beatles de sua geração.
“Lembro-me de ouvir quando Nevermind (álbum de 1991) foi lançado e pensei: ‘finalmente temos nossos Beatles, esta era finalmente tem os próprios Beatles’. E desde então isso nunca mais aconteceu.”
Ainda durante sua entrevista, Billie Joe Armstrong apontou o Nirvana como o responsável pela “última revolução do rock”. O vocalista e guitarrista nem mesmo considerou a fama de subgêneros posteriores como o pop punk, movimento dentro do qual o Green Day acabou sendo “jogado”.
“Isso é o que é interessante. Eu estava sempre pensando: ‘talvez nos próximos 10 anos tenha uma nova revolução’. ‘Ok, talvez nos próximos 10 anos’. ‘Ok, talvez.’ No fim das contas, essa foi realmente a última revolução do rock ‘n’ roll.”
Em apenas sete anos de atividade, o Nirvana lançou álbuns que, somados, contabilizam 75 milhões de cópias vendidas mundialmente. Nevermind, citado por Armstrong, é o trabalho mais conhecido. Com 30 milhões de unidades comercializadas, o disco apresentou músicas do porte de “Smells Like Teen Spirit”, “In Bloom”, “Lithium”, “Come As You Are”, entre outras que certamente resistiram ao teste do tempo para se transformarem em clássicas.
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