Em fevereiro de 1971, poucos meses após o lançamento do single, Harrison foi acusado de plágio pela Bright Tunes Music Corporation
Aline Carlin Cordaro (@linecarlin) Publicado em 27/11/2024, às 19h48
Lançada em 1970, My Sweet Lord se tornou um dos maiores sucessos da carreira solo de George Harrison. A canção foi o primeiro single de um ex-Beatle a atingir o topo das paradas nos Estados Unidos e no Reino Unido, o que consolidou o guitarrista como um artista solo global. No entanto, por trás do sucesso, o hit foi alvo de uma longa e polêmica batalha judicial que marcou a trajetória de Harrison e levantou debates sobre originalidade musical.
Em fevereiro de 1971, poucos meses após o lançamento do single, Harrison foi acusado de plágio pela Bright Tunes Music Corporation, que detinha os direitos de He’s So Fine, gravada pelo grupo The Chiffons em 1963. O processo alegava que My Sweet Lord apresentava semelhanças significativas com a melodia de He’s So Fine. Durante o julgamento nos Estados Unidos, Harrison admitiu conhecer a música, mas afirmou que sua inspiração havia sido a canção gospel Oh Happy Day.
Após anos de disputas, em 1976, um tribunal decidiu que Harrison era culpado de “plágio subconsciente”, e reconheceu que ele não copiou intencionalmente a melodia, mas que as similaridades não podiam ser ignoradas. A indenização inicial de US$ 1,5 milhão foi reduzida para US$ 587 mil devido ao envolvimento de Allen Klein, ex-empresário de Harrison, que tentou manipular a situação ao comprar os direitos da Bright Tunes.
Enquanto o caso se arrastava — com seus últimos trâmites encerrados apenas em 1998 —, Harrison refletiu publicamente sobre o impacto da polêmica. À Rolling Stone, ele desabafou sobre as dificuldades em continuar compondo:
É difícil começar a compor de novo quando você passa por tudo isso. Até hoje, quando eu ligo o rádio, cada música que escuto soa como alguma outra coisa.
No entanto, em 1976, The Chiffons lançaram um cover de My Sweet Lord, aproveitando-se da notoriedade do caso. Apesar disso, Harrison destacou o impacto positivo da canção, afirmando que ela salvou muitas vidas, especialmente de pessoas em situações de vício.
Em sua autobiografia, o músico lamentou não ter mudado notas que poderiam ter evitado o problema:
Eu não estava consciente da similaridade. [A música] foi improvisada, mas sei que o motivo pelo qual ela foi composta vai muito além do problema legal.
Além disso, a música foi relançada em 2002 como tributo após a morte de Harrison.
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