Líder do Smashing Pumpkins considera a cantora como “uma das artistas pop mais talentosas de todos os tempos”
Igor Miranda Publicado em 11/07/2024, às 15h04
Em tempos de singles e lançamentos pontuais nas plataformas de streaming, uma das artistas mais populares do momento insiste em lançar álbuns completos — e relativamente longos, diga-se: Taylor Swift não dá sinais de que vá mudar a fórmula de seu sucesso. E Billy Corgan, líder do Smashing Pumpkins, não entende quem a critica por causa disso.
Em entrevista ao The Irish Times, o vocalista e guitarrista fez uma conexão entre o legado de Sinéad O’Connor e as críticas que ele próprio recebeu pela longa duração do trabalho mais recente de sua banda, a ópera-rock Atum, lançada entre 2022 e 2023 e dividida em três partes. Eis que o assunto chegou em Taylor Swift e Corgan fez sua defesa.
O músico disse:
“Vamos voltar a Sinéad um segundo. Agora que Sinéad se foi, seria ruim se alguém aparecesse amanhã e falasse: ‘ei, eu encontrei essa fita e há (material) suficiente para 20, 30, 50 músicas de Sinéad’. Isso seria uma coisa ruim? Taylor Swift é uma das artistas pop mais talentosas de todos os tempos. Como pode ser algo ruim que ela esteja lançando mais música? Não consigo entender isso... você pode ir no Spotify e simplesmente pular.”
O comentário foi feito porque Swift enfrentou críticas pela duração de seu álbum mais recente, The Tortured Poets Department. O disco em sua versão convencional conta com 16 faixas e 65 minutos. Na configuração dupla, que acompanha The Tortured Poets Department: The Anthology, há outras 15 canções, com 57 minutos adicionais. Ao todo, o material tem 122 minutos — pouco mais de duas horas.
Ao relembrar a situação, Corgan não deixou de falar novamente sobre Atum. O trio de discos acumula 138 minutos distribuídos em 33 faixas.
“As pessoas reclamaram da duração de meu último álbum, Atum. Eu pensei: ‘bem, vá e faça sua própria playlist’. Apenas ouça o disco uma vez – pegue as 6 ou 10 músicas que você gosta e faça seu próprio disco.”
Billy Corgan não é o único músico de rock a reconhecer o talento de Taylor Swift. Pelo contrário: alguns nomes da música pesada não cansam de elogiá-la, não só por seu trabalho em estúdio, como também ao vivo. É o caso de David Draiman, vocalista do Disturbed, que falou da cantora durante um show de sua banda.
No início do ano, durante apresentação em Peoria, Illinois, nos Estados Unidos, Draiman levou para o palco dois pais com suas filhas de 12 anos. Feliz com a presença de fãs mais jovens na plateia, ele declarou:
“Então, presumo que o fato de vocês terem vindo ao show do Disturbed, em vez do show da Taylor Swift, significa que seus pais estão criando vocês no rock and roll. Mas, ei, não se esqueça: Taylor Swift ainda arrasa.”
Alguns fãs reagiram à fala de David com vaias. O cantor não apenas pediu que a manifestação negativa se encerrasse como, também, explicou por que Swift merece o respeito do público do heavy metal.
“Não a vaie. Quer saber? Vou me levantar e aplaudir qualquer artista pop que subir no palco e cantar ao vivo e tocar violão e guitarra ao vivo na frente de um grupo inteiro de milhares de garotas e garotos, jovens fãs.”
Por fim, Draiman exaltou a capacidade da cantora em fazer shows sem playback e com instrumentos reais — ela não abdicou de se apresentar com o violão em mãos mesmo após ter se tornado uma estrela pop.
“Não falem m#rda sobre Taylor Swift. Ela é de verdade. E ela está garantindo que toda uma geração de novos fãs de música entenda o que significa realmente tocar música ao vivo.”
Outro músico de notoriedade no rock fez elogios públicos a Taylor Swift recentemente foi o vocalista e guitarrista do Kiss, Paul Stanley. Ele levou a esposa e as filhas para um show da artista em Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2023. O resultado? Saiu do local impressionado com o que viu, como deixou registrado em seu perfil no X:
“Levei Erin, Sarah e Emily para ver Taylor Swift ontem à noite! Seis shows no SoFi Stadium para um total de MEIO MILHÃO DE PESSOAS e eu sei por que… SHOW FENOMENAL DE UMA ARTISTA FENOMENAL. Obrigado à equipe dela por estender o tapete vermelho para a gente.”
Por sua vez, Eddie Vedder comparou o show da artista a uma apresentação punk, em especial devido às plateias. Isso porque, como explicou durante entrevista para a revista Mojo (via site Igor Miranda), há um senso de união entre as pessoas presentes, que criem e troquem as chamadas “pulseiras da amizade”.
“Há toda uma preparação para o show, com meninas e meninos fazendo pulseiras de amizade e trocando entre si os acessórios, que tinham mensagens diferentes, desde letras a nomes de músicas. Isso mostra a generosidade por trás do ato. Eles encontraram sua tribo, todos estavam concordando em alguma coisa. A coisa mais louca foi que isso me lembrou das plateias punk rock, de estar alinhado com todos os desajustados da nossa cidade antigamente. Foi empolgante e poderoso.”
Com colaboração de André Luiz Fernandes.
A crítica que Noel Gallagher recebeu do filho sobre tocar guitarra
Snoop Dogg responde letra de Kendrick Lamar que o critica por apoiar Drake
Bob Dylan se manifesta sobre rumor de que proíbe as pessoas de olhar para ele
A curiosa e destrutiva lição que Joe Walsh aprendeu de Keith Moon
A loucura que era tocar no Guns N’ Roses nos anos 90, segundo Matt Sorum
Ja Rule é atração principal do Mainstreet Festival 2024, que ocorre neste fim de semana