Frontman do Rush nunca deixou de se atualizar com relação a baixistas mais jovens
Igor Miranda Publicado em 23/12/2023, às 10h00
Embora tenha se consolidado como músico na década de 1970, Geddy Lee nunca deixou de se atualizar. Em entrevistas diversas, o vocalista, baixista e tecladista do Rush revelou seu apreço por músicos e bandas que surgiram bem depois dele.
Um desses casos é Flea. O baixista do Red Hot Chili Peppers teve seus talentos destacados por Lee em mais de uma ocasião.
No ano de 2019, por exemplo, Geddy montou uma playlist para o Amazon Music (via Rock and Roll Garage) com 22 músicas que influenciaram sua forma de tocar baixo. Uma delas foi “Give It Away”, hit lançado pelo Chili Peppers em 1991, como parte do álbum Blood Sugar Sex Magik.
Ao comentar a escolha, o virtuoso multi-instrumentista do Rush declarou:
“Ele é um baixista monstruoso. Flea é um dos grandes baixistas contemporâneos. Suas influências são muito movidas pelo funk, no entanto, ele pode fazer qualquer coisa. Em ‘Give It Away’, é como o baixo de ‘Come Together’ (Beatles), é como o baixo de tantas músicas pop excelentes. Ele fornece um ritmo alternativo para a bateria e uma melodia alternativa. Ele também está trabalhando na parte inferior e superior do braço. Ele está indo e voltando — algo que sempre adorei como baixista. Esse é um exemplo perfeito disso.”
Já em 2020, Geddy Lee foi convidado pela Rolling Stone EUA (via site Igor Miranda) a listar seus 10 baixistas favoritos de todos os tempos. Em meio a nomes clássicos como John Entwistle (The Who) e Jack Bruce (Cream), lá estava Flea.
Na ocasião, o frontman do Rush destacou os talentos do colega de Red Hot Chili Peppers da seguinte forma:
“Flea me faz pirar. Quando você fala de toda uma geração que começou a fazer slap… há tantos. Acho que veio um pouco do jazz, um pouco do R&B. Houve um tempo em que só se ouvia isso. Todo baixista fazia slap. E havia Flea, que fazia slap e tocava tudo no meio disso. Ele era brilhante. Trouxe sensibilidade para aquele período. Ele sempre deixava na pegada do rock. E amo o fato de ele ter tantos recursos e sempre experimentar com diferentes instrumentos, diferentes timbres. E ele era um cara do pop, e mesmo assim soava agressivo, criativo, melódico. É singular.”
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