- Josh Homme (Foto: Getty Images)
Rock

A entusiasmada opinião de Josh Homme sobre o Nirvana

Vocalista e guitarrista do Queens of the Stone Age tem relação próxima com baterista da banda, Dave Grohl

Igor Miranda Publicado em 26/01/2024, às 11h40

A história de Josh Homme está intimamente ligada à de um integrante do Nirvana. Dave Grohl tem uma amizade de longa data com o líder do Queens of the Stone Age e chegou a fazer parte de sua banda como baterista entre 2001 e 2002, período em que gravou o álbum Songs for the Deaf (2002) e realizou a turnê. Mais de uma década depois, assumiu as baquetas em outro disco do grupo, como músico de sessão: …Like Clockwork (2013).

O vínculo profissional não parou por aí. Homme e Grohl tiveram juntos a banda Them Crooked Vultures ao lado de ninguém menos que John Paul Jones, baixista do Led Zeppelin. O trio lançou um disco homônimo em 2009 e excursionou junto para promovê-lo.

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Não por acaso, Josh é grande fã do Nirvana. Em 2003, ao ser convidado pela Spin para listar seus álbuns favoritos de todos os tempos, fez questão de citar um disco da lendária banda grunge. Curiosamente, porém, mencionou um trabalho que não foi gravado por Dave: a estreia Bleach (1989), registrado ainda com Chad Channing na bateria.

Ao comentar o álbum (via site Igor Miranda), Homme declarou inicialmente:

“Em 1989, parecia que o punk rock tinha morrido. Senti que o Nirvana estava continuando de onde Black Flag e G.B.H haviam parado.”

O líder do Queens of the Stone Age tinha tanto respeito pelo grupo liderado por Kurt Cobain que sequer tentava emular o som deles. À época, vale destacar, Homme integrava o Kyuss, banda seminal do chamado stoner rock.

“Lembro de pensar que não queria que minha banda soasse como o Nirvana porque eles colocaram a régua muito alta. Eu não queria chegar muito perto.”

Dave Grohl sobre o Kyuss de Josh Homme

Se Josh Homme não comentou sobre o trabalho de Dave Grohl no Nirvana, o amigo já falou sobre o Kyuss em certa ocasião. Durante entrevista à Mojo (via Whiplash), o multi-instrumentista líder do Foo Fighters contou que Pete Stahl, colega de seu encerrado projeto pré-Nirvana, o Scream, recomendou o som do grupo stoner para ele.

“Eu já tinha entrado para o Nirvana e ficávamos nos correspondendo por cartas, quando uma vez Pete me escreveu: ‘Você tem que ouvir essa banda, KYUSS. Eles são daqui do deserto e é a levada mais pesada que já ouvi’. Em 1992, fui à casa noturna Off Ramp em Seattle para vê-los ao vivo. Depois comprei o álbum Blues for the Red Sun (1992) e a produção de Chris Goss é tão perfeita, cara. [...] Comprei pelo menos 50 cópias do disco e entreguei às pessoas, sendo que eu nem conhecia os caras da banda e tinha acabado de vê-los tocar.”

Grohl disse que recomendou o trabalho de Chris Goss para Kurt Cobain, na intenção de tê-lo produzindo o que se tornaria o álbum final do Nirvana, In Utero (1993). O frontman não gostou da ideia.

“Lembro de ter mostrado o disco do Kyuss para Kurt, dizendo: ‘Devemos chamar esse cara para produzir o nosso próximo álbum’. No caso, seria In Utero. Kurt ficou olhando para mim e disse: ‘Sério? Você realmente acha isso?’. Claro que recuei e comecei a pensar: ‘Deus, talvez seja muito barulhento mesmo’. Então, gravamos o nosso último disco com Steve Albini produzindo, mas o Kyuss era uma força a ser comprovada, com certeza.”
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