Baterista já citou qual a sua canção predileta da própria obra; ele também revelou a faixa que menos aprecia em meio a uma discografia tão longa
Igor Miranda (@igormirandasite) Publicado em 26/12/2022, às 14h29 - Atualizado em 29/12/2022, às 18h50
O Metallica construiu uma obra de respeito ao longo de seus mais de 40 anos em atividade. A banda liderada por James Hetfield (voz e guitarra) e Lars Ulrich (bateria) lançou diversos álbuns de estúdio e ao vivo que, somados a coletâneas e outras iniciativas, tiveram mais de 125 milhões de cópias vendidas em todo o planeta.
Com tanto material disponível, ficaria difícil escolher a melhor música do grupo, correto? Ainda assim, Ulrich tem a sua favorita na ponta da língua.
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Em entrevista à GQ UK, no ano de 2020, o baterista revelou que “Sad But True” é a sua canção predileta do Metallica. A explicação é simples, mas efetiva, pois passa diretamente pelo fato de ele se divertir muito ao executá-la nos shows.
“Eu simplesmente amo tocar essa música. Toco de uma forma ligeiramente diferente todas as vezes.”
Aliás, está no próprio ritmo - cadenciado e pesado - o grande chamariz de “Sad But True” na opinião de Lars.
“Adoro o andamento e dou uma interpretação diferente a ela sempre que a toco."
Vários outros fãs podem ter a mesma escolha do baterista, já que “Sad But True” é uma das canções mais famosas do grupo. A faixa foi lançada no álbum mais popular dos caras: o homônimo de 1991, também conhecido como Black Album. De acordo com o Setlist.fm, trata-se da sétima música mais tocada pela banda em seus shows, com mais de 1,3 mil execuções até hoje.
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Jason Newsted, ex-baixista do Metallica e responsável pelo instrumento no Black Album, também tem “Sad But True” como um de seus destaques pessoais. Em entrevista à Metal Hammer, concedida em 2021, ele falou sobre esse e outros hits do trabalho:
“‘Sad But True’ é, para mim, o ponto alto de todo o projeto por causa do peso que ela tem. Mas admito que sofri com ‘Nothing Else Matters’. Ela me arrepiava os pelos da nuca, mas estava assustado porque eu queria peso. Já ‘Enter Sandman’ eu achava meio brega. [...] Mas é impressionante que nossa música mais leve, ‘Nothing Else Matters’, tenha derrubado tantas paredes para que nossas músicas mais pesadas se espalhassem pelo mundo. Isso não acontece com uma banda que grita ‘morra, morra!’ a maior parte do tempo.”
Dono de opiniões muito firmes sobre vários assuntos - inclusive a própria obra -, Lars Ulrich também sabe dizer qual considera a pior música do Metallica. Conforme revelado em entrevista à revista Kerrang também em 2020, a escolha do baterista recai sobre “Eye of the Beholder”, faixa disponibilizada no álbum …And Justice for All, de 1988.
“Sempre que ouço ‘Eye of the Beholder’, acho que ela soa forçada. Sem desrespeito, mas soa como se você colocasse uma peça quadrada em um buraco redondo. É como se ela tivesse dois tempos diferentes: 4/4 nos versos e um ritmo valsa no refrão. São dois mundos diferentes. Acho estranho.”
O músico, aliás, declarou compreender os fãs que adoram a faixa. A sua visão perfeccionista a respeito do próprio trabalho pode comprometer um pouco a própria opinião.
“É impossível para mim ouvir uma música do Metallica sem ficar analisando a mixagem, as guitarras, o volume dos vocais, o baixo… vira um exercício. Se ouço minhas bandas favoritas, como Rage Against the Machine ou algo do tipo, só me deixo levar.”
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